sábado, 20 de agosto de 2011

Cassado prefeito de Campinas


O vice-prefeito, Demétrio Villagra, do PT, nomeado pela Câmara também é alvo de um pedido de cassação

Campinas. A Câmara Municipal de Campinas decidiu, na madrugada de ontem, cassar o mandato do prefeito Hélio de Oliveira Santos, do PDT. Em sessão que durou mais de 44 horas, 32 vereadores votaram pela cassação e apenas um foi contra: Sérgio Benassi (PCdoB).

Os vereadores entenderam que o prefeito Hélio de Oliveira Santos está envolvido nas fraudes descobertas em contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa), em irregularidades em loteamentos imobiliários e em ilegalidades no modelo de operação das antenas de celulares da cidade. Todos esses casos estão sendo investigados pelo Ministério Público (MP).

Ao final da sessão, por volta das 5h, o presidente da Câmara, Pedro Serafim Junior (PDT), assinou o decreto que afastou o prefeito e nomeou o vice-prefeito, Demétrio Villagra, do PT. "Não estou feliz com o que aconteceu, porque isso não se faz com ninguém. Mas tenho confiança de que a cidade vai se recuperar", disse Serafim Junior, de acordo com comunicado da Câmara. "Campinas é muito maior que essa crise."

Vilagra foi denunciado sob acusação de receber R$ 20 mil de empresários com contratos com a Sanasa. Por conta disso, ele também é alvo de um pedido de cassação, protocolado na Câmara pelo PSOL. Ele nega envolvimento no esquema.

O julgamento do impeachment de dr. Hélio começou na quinta-feira, com a leitura das 1.649 páginas do processo, e terminou na madrugada deste sábado.

Dr. Hélio nega envolvimento em irregularidades. Ele alega que, assim que soube dos casos suspeitos, tomou as medidas cabíveis, com exonerações.

Investigação

O prefeito não está entre os envolvidos, mas a acusação é de que sua mulher e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos, chefiava a cobrança de propina para direcionar licitações. Ela nega envolvimento. Em depoimento à Câmara, que analisou o pedido de cassação, dr. Hélio defendeu a inocência da mulher. O vereador Rafa Zimbaldi (PP) disse que, ao alegar que tinha desconhecimento de todos os fatos, o prefeito foi politicamente irresponsável.

Volume

1.649 Páginas tinha o processo de julgamento do impeachment de Dr. Hélio, que começou a ser lido na quinta-feira, e terminou na madrugada deste sábado

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